quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Retroação a 2003 de não incisão de ICMS para veiculação de publicidade por meio de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre - PL 5494 - 2014 - PSDB - Governo de MInas


Em 2009, o governo mineiro (PSDB) acrescentou "a prestação de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita" na lista de serviços sem incidência de ICMS. (art. 1º da Lei nº 18.550, de 3/12/2009 - Lei 6763, Art. 7º, parágrafo 01º, inciso XXVII)

Nesse momento, no apagar das luzes do governo tucano, o governo do PSDB envia proposta de lei que altera diversas regras relativas a tributação (PL 5494 / 2014). Em relação à incidência de ICMS, acrescenta "a veiculação de publicidade por meio de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre" à lista de serviços/operações sem incidência de ICMS. Ademais torna a não incidência desse serviço retroativa a 19 de dezembro de 2003, ano do início do governo tucano (Aécio e Anastasia).

Quais são as implicações dessa proposta? Caso as empresas em questão tenham recolhido o imposto, essa modificação gerará crédito dessas empresas em relação ao Estado? Ou, caso tenham sonegado, encobrirá a sonegação?

É legal e ético a retroação de direitos? Quem será beneficiado? É aceitável que nos momentos de alternância de governo, a partido que será substituído comprometa o orçamento do futuro governo? Ou seja, que o partido derrotado promova o desmonte do Estado, prejudicando a nova gestão?

Podemos imaginar uma situação equivalente: imagine que Dilma deixasse o governo e aumentasse o valor da bolsa família retroativamente ao início do governo Lula. E ainda que o pagamento desse montante fosse com créditos para compra de carne (Friboi - Lulinha) Nesse caso a mídia iria divulgar? Seria manchete ou nota de página?

Sabe-se que a família Neves controla várias empresas de comunicação na região de São João del Rei (vide post Coronelismo eletrônico: os veículos de comunicação da família Neves) e que tem amplo apoio de empresas de rádio e televisão em Minas Gerais, destacando-se os Diários Associados (rádio Guarani, TV Alterosa, jornal Estado de Minas) e a Rede Globo, dentre outros.




Referências:

1.
PROPOSIÇÃO: PL 5494 2014 - PROJETO DE LEI

EMENDAS AO PROJETO DE LEI Nº 5.494/2014

EMENDA Nº 1
...

§ 18 - A veiculação de publicidade por meio de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita integra a prestação de serviço de comunicação a que se refere o inciso XXVII do caput.'.

Art. ... - A alteração do § 18 do art. 7º da Lei nº 6.763, de 1975, retroage seus efeitos a 19 de dezembro de 2003.

Referência genérica
http://www.almg.gov.br/atividade_parlamentar/tramitacao_projetos



2.
LEI 6763 de 26/12/1975 - Texto Atualizado
Consolida a Legislação Tributária do Estado de Minas Gerais e dá outras providências.
...

CAPÍTULO II
Da Não-Incidência

Art. 7º - O imposto não incide sobre:
...

XXVII - a prestação de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.
(Inciso acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 18.550, de 3/12/2009.)

Referência genérica
http://www.almg.gov.br/atividade_parlamentar/tramitacao_projetos


3.
Coronelismo eletrônico: os veículos de comunicação da família Neves. http://saraiva13.blogspot.com.br/2014/11/coronelismo-eletronico-os-veiculos-de.html

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Ebola e eleições presidenciais

Ebola

Muito tem se falado de crise econômica no Brasil. E, acredito, o pessímismo midiático até insuflou essa crise. Mas poucos falam das reais dimensões de outro problema muito mais grave: o ebola.

Essa doença ainda se mantém relativamente restrita à África, apesar de casos isolados em outros países, contudo até quando?

Os governos dos principais países do mundo e a opinião pública mundial parecem que não perceberam a gravidade dessa doença, que se transforma em epidemia regional.

Melhor investir no controle da epidemia na África do que tentar controlá-la após se alastrar por outros continentes.

Não é necessário frisar que o atendimento médico, com pessoal e medicamentos, é essencial. Assistir os doentes no local onde moram é preferível que ficar impassível diante do alastramento da doença, que ocorre com a migração de populações atingidas.

Além do tratamento dos enfermos, os países, sob a gerência da ONU, deveriam enviar alimentos para os países atingidos, inclusive através da distribuição por paraquedas para as populações nas áreas epidêmicas. Tal prática evitaria a migração de infectados, devido ao consequente desequilíbrio da economia local nas áreas em que a doença se disseminou.

Por fim, o controle severo de trânsito de pessoas e produtos entre a África e o restante do mundo e entre subregiões desse continente, com adoção de quarentena para os viajantes, seria imprescindível.

Eleições

A forma que o Brasil enfrentará esse problema está muitíssimo ligado aos resultados eleitorais. O governo de Aécio Neves em Minas Gerais mostra total descaso com a saúde pública. Os 4 bilhões de desvio da área de saúde para a Copasa, empresa de saneamento e esgoto do Estado, demonstra a importância que esse candidato dá ao tema. Fala-se que mais recentemente a Copasa nega ter recebido esse quantitativo, o que piora a situação. ( Pesquise no Google.)

Imaginem o Brasil em risco epidêmico. O que esperar de um governo do PSDB?

Tenho família e crianças, tanto quanto outros brasileiros, e a possibilidade dessa doença disseminar-se no Brasil tem me afligido. Principalmente se estivermos sob governo tucano.

Esse não é um texto leviano, eleitoreiro, mas são de fato minhas preocupações. Diante da irresponsabilidade do governo Aécio com a saúde, não posso deixar de temer.

Acrescento que tenho uma visão espiritualista da vida, Acredito em karma, individual e coletivo. Pergunto-me se uma população elege governante que desvia dinheiro da saúde, que karma coletivo estará atraindo para si?

Peço que reflitam no momento de escolher o presidente. Peço que, independentemente de quem ganhe as eleições, apoiem movimentos, como o Avaaz e Médicos Sem Fronteiras, assinando petições, contribuindo monetariamente, engajando-se. Devemos lutar para que os governos auxiliem ativamente a ONU e ONGs a enfrentar o ebola, o quanto antes.

Discernimento e saúde para todos.


PS: Até hoje sabia apenas de 4 bilhões de desvio.


Fontes:

Ministério Público de Minas desiste de ação de improbidade contra Aécio. http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/02/1409948-ministerio-publico-de-minas-desiste-de-acao-de-improbidade-contra-aecio.shtml . 10-02-2014.

Vide informação sobre desvios.
Aécio governou Minas Gerais entre os anos 2002 e 2010.
anos tucanos(1).jpg
Fonte: Sindicato mineiro quer desengavetar ação do MP contra Aécio por desvio de recursos.  http://www.redebrasilatual.com.br/eleicoes-2014/sind-saude-e-conselho-estadual-de-saude-mineiro-querem-desengavetar-acao-contra-aecio-pelo-desvio-de-mais-de-r-7-bilhoes-5656.html .16-10-2014

"Em fevereiro de 2014, uma segunda ação proposta pela promotora Josely Pontes contra Aécio Neves, para questionar a contradição entre os R$ 3,3 bilhões que aparecem na prestação de contas e a negativa a Copasa em tê-los recebido, foi arquivada pelo Tribunal de Justiça sem análise de mérito. Em junho, o Tribunal manteve o arquivamento." (Justiça mantém Minas como réu em ação de uso indevido de R$ 3 bi na gestão Aécio. http://noticias.r7.com/eleicoes-2014/minas-gerais/justica-mantem-minas-como-reu-em-acao-de-uso-indevido-de-r-3-bi-na-gestao-aecio-29072014 . 29-07-2014.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Charge: Aécio, São Pedro e desvios

Aécio no futuro, após morrer, vai de encontro ao portal de entrada do céu. Lá é barrado por São Pedro. Esse lhe diz: Você que gosta tanto de desvios, que tal seguir aquele ali. E aponta para estradinha beirando os muros do paraíso e seguindo por ladeita abaixo. Placa na estradinha diz: Inferno. Pergunto-me: o que dirá São Pedro para aqueles que apoiaram esse tucano?
Desvio da saúde no gestão de Aécio foi de cerca de 4 bilhões. Quanto sofrimento, quantas mortes...

Quem se aventura a desenhar?

http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

domingo, 13 de julho de 2014

Alemanha ou Argentina


Antes do início da final da copa do mundo de futebol de 2014, não posso deixar de opinar sobre o jogo. Naturalmente, a Alemanha é a favorita, porém o time argentino chega merecidamente à final.

Apesar de minha distante ascendência alemã, torço pelos portenhos.

Vários são os motivos:
1. Maior é minha acendência ibérica;
2. A argentina é país latino-americano, subdesenvolvido;
3. Está passando por grave crise econômica;
4. Acho absurdo a propaganda anti-argentina da mídia;
5. Ficaria feliz que Messi tivesse o título de campeão da copa do Mundo, que lhe falta.

Apesar da preferência, espero que o resultado seja justo e digno de uma final de copa, sem violência e sem erros de arbitragem.

Melhor que a vitória é sair com a cabeça erguida, o que faltou à seleção brasileira. Melhor que festejar o primeiro lugar é respeitar os times e as torcidas adversárias, o que faltou à maioria dos nossos torcedores.

Fico, então, na contra-mão da opinião nacional, contrário à rivalidade argentino-brasileira fomentada pela mídia.

Viva a seleção portenha, viva o povo argentino. E que Deus tenha piedade de nós, brasileiros.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Derrota brasileira, karma previsível

Começo a escrever esse post a momentos do início do jogo Brasil versus Alemanha.

Embora esteja boicotando mais essa copa do mundo, nesse caso devido à questão dos gastos e da idolatria futebolística nacional, torci para que o Brasil chegasse pelo menos na semi-final. Por quê? Por que o país está sediando o campeonato. Na próxima copa torcerei que o time local, a Rússia, fique pelo menos entre as 4 primeiros.

Poderia continuar torcendo a favor do Brasil, embora, geralmente torça por um resultado justo. Porém mudei de idéia. O comportamento mal educado e até criminoso da torcida brasileira explica meu desvio de rota.

Certamente, a torcida brasileira não merece a taça. Eu mesmo presenciei comportamentos extremamente desagradáveis da torcida tupiniquim. Que vergonha! Na época em que acompanhava copas do mundo e mesmo depois não tenho notícia de população tão mal educada quanto a nossa.

Percebi que não poderia ser diferente. O comportamento anti-social das torcidas, presente nos campeonatos regionais, nacionais e internacionais, que ocorrem no solo do país, repete-se na copa, Assim, por exemplo, o corintiano que xinga o palmeirense, fará isso com o estrangeiro e o mesmo do palmeirense. Os rivais se unem em torno do inimigo comum, liberando toda a carga emocional da mesma forma que fazem no dia a dia dos jogos locais.  Agradeçam à mídia e à impunidade.

Esse comportamento violento e desrespeitoso das torcidas tem 2 causas principais. A rivalidade entre times locais e nacionais é fomentada pela mídia, Trata-se de uma verdadeira manobra que desvia a atenção das pessoas das verdadeiras questões nacionais e até mesmo das suas próprias questões  pessoais e familiares. Soma-se a isso a certeza de impunidade dos torcedores violentos, misto do descompromisso da Justiça e da leviandade de "certos" políticos.

Infelizmente esse comportamento deplorável das torcidas de futebol brasileiras já invadiu a maioria dos esportes nacionais. O brasileiro, em geral, não sabe aplaudir o adversário. Falta-lhe esportividade. A máxima, "o importante é  competir", não tem muitos defensores em nossa pátria.

Também faltou ao governo, investir em propaganda. Receba bem os estrangeiros, respeite as torcidas estrangeiras, não vaiem os adversários etc. Trata-se de extrema falta de perspicácia.

Enquanto escrevia esse texto, ouvia, da casa dos vizinhos, os gols, uns atrás dos outros, da Alemanha, ultrapassando minha previsão de 4 a 1. O Brasil sairá da copa sem desculpas, com ou sem Neimar. A máscara caiu. Não é a toa que minha mâe, que acompanha futebol desde a copa de 50, tenha dito, nunca viu seleção do Brasil pior.

E a mesma torcida que vaiou Diego Costa, os times japonês e espanhol, o hino do Chile, que enviou mensagens indizíveis para Zuñiga e sua família, e para Chaquira etc. receberá o seu karma.

Espero que mesmo perdendo, a torcida tenha um um rompante de esportividade. Espero que aplauda os vencedores merecidos e que os festejos não se transformem em violência.

Quando os brasileiros perceberão que levar vantagem em tudo não é vantagem? Que o mais importante não é vencer, mas lutar, respeitando os adversários. Que dessa vida apenas levamos as amizades e o bem que fazemos.

Paz para os perdedores. Que a derrota lhes abra os olhos.

terça-feira, 24 de junho de 2014

O que temer no Brasil durante a copa

Brasil não é tão perigoso quanto Paquistão ou Iraque. Porém andar por suas ruas está longe de passear pelas ruas parisienses.

Como brasileiro listei os maiores problemas de segurança que os estrangeiros irão enfrentar.

1. Ladrões, sequestradores, estupradores são um perigo relevante no Brasil. E como a lei brasileira é extremamente branda e a Justiça falha, as ruas estão repletas desses indivíduos. Naturalmente não atacam facilmente à luz do dia e na multidão. E com a copa o policiamento está redobrado. Contudo, toda precaução é pouca. Peça orientação ao pessoal do hotel onde ficar hospedado sobre locais e horários perigosos. Evite andar sozinho. E fique com um pé atrás em relação aos brasileiros.

2.  Existem algumas doenças perigosas no país: febre amarela, dengue e leishmaniose. O risco de contaminação varia muitíssimo de região para região. Febre amarela normalmete está restrita a ambientes rurais e à Amazônia, leishmaniose já invadiu ambientes urbanos, mas é menos comum,  enquanto dengue ocorre em quase todo o país.

“No momento, estamos cercados pela malária que se dissemina na periferia da floresta amazônica e pela dengue, nas regiões urbanas, especialmente nas cidades próximas ao litoral.”(http://drauziovarella.com.br/letras/t/doencas-tropicais/ - entrevista)

Um excelente site de referência sobre a questão é do médico brasileiro Drauzio Varela, centrado em informação sobre saúde para leigos. (http://drauziovarella.com.br) Embora em português, pode ser traduzido com a ajuda do navegador Google Chrome ou de complementos (procure por traduto no Chrome Store).

Dengue
A ocorrência de dengue, aquela dentre as doenças citadas com mais possibilidade de contaminação, varia muitíssimo de cidade para cidade. É dependente de políticas de combate ao inseto transmissor, o mosquito Aedes aegypti, implementadas pelos governos estaduais e municipais.

Em minha cidade, Belo Horizonte, passamos por uma epidemia em 2013: 87.915 / 131475 entre casos oficiais de dengue clássica / e total de casos oficiais, inclusive  prováveis. ( http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=saude&tax=34838&lang=pt_BR&pg=5571&taxp=0&). Eu mesmo contrai a doença.
Nesse ano, os números baixaram muitíssimo, acredito, devido à falta de chuvas.

Alguns cuidados diminuem as chances de contaminação: utilização de repelentes, evite áreas com mosquito, dormir com mosquiteiro ou em quanto de hotel em andar mais elevado. Ao escolher um lugar, bar, restaurante, praça, ponto de ônibus etc., fique alerta se há pernilongos, pois sua distribuição espacial é muito variável.

A dengue depende de chuvas e calor, assim acomete menos o centro-sul do país durante o inverno. Nessa época as regiões central, do norte e nordeste são mais perigosas. As duas últimas não conhecem inverno e em junho/julho chove na região Nordeste, tornando-a mais problemática. Vide quadro abaixo.

Capitais brasileiras - estado em relação à dengue - verão  2013 / 2014:
Região
Capitais (estado de risco)
Capitais (estado de alerta)
Norte
Porto Velho, Rio Branco
Boa Vista, Manaus, Palmas
Nordeste
---
Salvador, São Luís, Fortaleza
Centro-Oeste
---
Cuiabá, Campo Grande, Goiânia
Sudeste
---
Rio de Janeiro, Vitória
Sul
---
---
Nordeste:

Mapa da dengue no país  (2013-12-09)

Drauzio Varela

3. Acidentes de automóveis é de longe o mais perigoso no Brasil. Surpreso? A combinação de falta de educação e cidadania com impunidade explicam o problema. Naturalmente, a gravidade dos acidentes é maior nas rodovias. Assim evite-as. Nas cidades, fique sempre atento aos automóveis, mesmo estando em calçadas.

Como viajar entre as cidades? Prefira avião. Não preciso dizer que o transporte ferroviário seira uma boa alternativa, contudo está restrito a pouquíssimos trajetos. O mais importante de se  lembrar é: jamais viage de automóvel por rodovias no país. Caso resolva viajar por rodovias vá de ônibus, que é mais seguro em casos de acidentes.

Veja abaixo número de mortes de acidentes de trânsito no país.
obitos 2002a2011



CONCLUSÃO:
CONCLUSION: 
Para evitar assaltos, informe-se sobre lugares e horários inseguros. Sempre ande acompanhado. As capitais das regiões norte, nordeste e centro-oeste, juntamente com Rio de Janeiro e Vitória tem mais risco em relação à dengue: Porto Velho, Rio Branco (alto risco), Boa Vista, Manaus, Palmas, Salvador, São Luís, Fortaleza Cuiabá, Campo Grande, Goiânia, Rio de Janeiro, Vitória (situação de alerta). Nunca viaje de automóvel por rodovias.
To prevent assaults inquire about places and insecure times. Always walk together. The capital of the north, northeast and center-west regions, along with Rio de Janeiro and Vitoria has more risk in relation to dengue: Porto Velho, Rio Branco (high risk), Boa Vista, Manaus, Palmas, Salvador, Sao Luis, Fortaleza Cuiabá, Campo Grande, Goiania, Rio de Janeiro, Vitória (state of alert). Never travel by automobile in highways.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Letter to SensioLabs about the future of Symfony

To SensioLabs
P/  SensioLabs
(Fabien Potencier);

First, excuse me not writing in French.
Primeiramente, desculpe-me não escrever em francês.

Secondly, I have a radical idea about the future of Symfony, but I'm not sure if it is feasible.
Em segundo lugar, tenho uma idéia louca e radical sobre o futuro do Symfony, mas não estou certo se é praticável.

Symfony is not only a framework, but the crystallization of ideas and best practices (standards) of an entire community. I argue that it should not be restricted only to PHP. Absurd idea? Ever thought of translating it to Java?
O Symfony não é apenas um framework, mas a cristalização de boas práticas e idéias (padrões) de toda uma comunidade. Afirmo que não deveria estar restrito apenas ao PHP. Idéia absurda? Já pensou em traduzi-lo para Java?


In the Java environment, currently, several frameworks emerge, some fleeing the old platform J2EE, servlets etc. You've probably heard of Play. Another option, still attached to the old standard, is Grails, supported by Spring (http://spring.io/). While the Play uses Java and Scala Grails uses Groovy. The Play uses Netty as server and runs Java directly, withour the JVM. Grails, on the other hand, runs on the JVM, through the servlet container, J2EE etc. and uses Tomcat, JBoss etc. Finally, the latest version of the Play was rewritten in Scala, which I believe has not been a good choice.
No mundo Java despontam na atualidade vários frameworks, alguns fogem do velho padrão J2EE, servlets etc. Você já deve ter ouvido falar do Play. Outra opção, ainda presa ao velho padrão, é o GRails, amparado pela Fundação Spring. Enquanto que o Play utiliza Java e Scala o Grails utiliza Groovy. O Play usa Netty como servidor e roda Java diretamente, diferente do GRails que baseia-se na JVM, container de servlet, J2EE etc. e utiliza Tomcat, JBoss etc.  Finalmente, a última versão do Play foi reescrita em Scala, o que acredito não tenha sido uma boa escolha.

These changes show that the Java environment is in revolution. I realize that there is an eager market for new ideas. The platform J2EE is being questioned and Play will be the first of many to break with old practices.
Essas mudanças mostram que o ambiente Java está em revolução. Percebo que existe um mercado ansioso por novas idéias. O J2EE está sendo questionado e o Play será o primeiro de muitos a romper com as velhas práticas.

Meanwhile, the JavaScript language invades servers, obtaining optimal benchmarks. Node.js and competitors emerge as alternative frameworks. Remember the Apostrophe CMS written in Symfony 1.x? It has migrated to this new approach.
Enquanto isso, a linguagem Javascript invade os servidores, obtendo-se ótimos benchmarks. Node.js e concorrentes despontam como frameworks alternativos. Lembra-se do CMS Apostrophe escrito em Symfony 1.x? Migrou para essa nova abordagem.

In the midst of this war of languages ​​and frameworks, the Vert.x project. is born. In terms of benchmarks, it is a competitor to Node.js. Vert.x uses Netty as server and runs Java directly, but written in Java rather than Javascript. Like Play, Vert.x runs independent from Java J2EE platform, but linked to the JVM. But goes beyond, because it allows run simultaneously several languages ​​and codes and it is ready for the scalability of cloud computing (one vertx instance = one JVM -> several "verticles"). Different versions of the API let you run multiple languages ​​in parallel, in different verticles that communicate with each other. And there are versions for Javascript, Ruby, Groovy, Python, Closure. But there is still no version for PHP, but nothing prevents it.
Em meio a essa guerra de linguagens e frameworks, desponta o projeto Vert.x. Em termos de benchmarks, trata-se de um concorrente ao Node.js. Vert.x utiliza o servidor Netty. porém escrito em Java ao invés de Javascript. Como o Play, Vert.x  roda Java independente da plataforma J2EE, mas vinculado ao JVM. Porém vai muito além, pois permite rodar simultaneamente códigos de várias linguagens e está pronto para a escalabilidade da computação em nuvem (verticles e instâncias). Diferentes versões da API permite rodar várias linguagens, paralelamente, em diferentes instâncias que se comunicam entre si. E existem versões para Javascript, Ruby, Groovy, Python, Closure. Mas ainda não existe versão para PHP, mas nada impede isso.

Given the facts, and considering that a framework like Symfony should not attach themselves to just one language, I believe that the community should foster the criation of a Vert.x version to run PHP. More than that, create a Java version of Symfony would be an important step in continuing and strengthening of this framework. A framework, two languages. Not chic?
Diante dos fatos, e tendo em vista que um framework como o Symfony não deveria prender-se a apenas uma linguagem, acredito que a comunidade deveria fomentar versão do Vert.x para rodar PHP. Mais do que isso, criar versão em Java do Symfony seria um passo importante para a continuidade e fortalecimento desse framework. Um framework, duas linguagens. Chique não?

How libraries/bundles are decoupled in Symfony, translation for Java can be made gradually, starting with the core libraries. And while the Java version was not fully ready, libraries in PHP would be accessible through the Vert.x. Then the versions in Java and PHP would continue to evolve together.
Como as bibliotecas do Symfony são decoupled, a tradução para Java pode ser feita paulatinamente, começando pelas bibliotecas centrais. E enquanto a versão Java não estivesse totalmente pronta, as bibliotecas em PHP estariam acessíveis através do Vert.x. Depois, as versões em Java e PHP continuariam evoluindo em conjunto.

In conclusion, there is currently a gap of frameworks in the style of Rails/Symfony2.x, written in Java. I believe that this market would be willing to adopt Symfony or parts (libraries/bundles) in the Java version and/or PHP version, running through Vert.x. Thus, Symfony project would be strengthened, making sure not limited yourself to a single language.
Em conclusão, existe na atualidade uma lacuna de frameworks no estilo do Rails / Symfony escrito em Java. Acredito que esse mercado estaria propenso a adotar o Symfony ou partes dele (bibliotecas) na versão Java e/ou PHP rodando no Vert.x. Dessa forma, o projeto Symfony se fortaleceria, deixando-se de limitar-se a uma única linguagem.


Regards.


Links:
http://www.playframework.com/
https://grails.org/
http://netty.io/
http://www.apostrophenow.com/
http://vertx.io/


Vert.x - definition and features
Vert.x definição e características


"Vert.x is a polyglot, non-blocking, event-driven application platform that runs on the JVM.
Some of the key highlights include:

Polyglot. You can write your application components in JavaScript, Ruby, Groovy, Java or Python, and you can mix and match several programming languages in a single application.

Simple actor-like concurrency model. Vert.x allows you to write all your code as single threaded, freeing you from many of the pitfalls of multi-threaded programming. (No more synchronized, volatile or explicit locking).

Vert.x takes advantage of the JVM and scales seamlessly over available cores without having to manually fork multiple servers and handle inter process communication between them.

Vert.x has a simple, asynchronous programming model for writing scalable non-blocking applications that can scale to 10s, 100s or even millions of concurrent connections using a minimal number of operating system threads.

Vert.x includes a distributed event bus that spans the client and server side so your applications components can communicate easily. The event bus even penetrates into in-browser JavaScript allowing you to create effortless so-called real-time web applications.

Vert.x provides real power and simplicity, without being simplistic. Configuration and boiler-plate is kept to a minimum.

Vert.x includes a powerful module system and public module registry, so you can easily re-use and share Vert.x modules with others.

Vert.x can be embedded in your existing Java applications.

" (http://vertx.io/manual.html#verticle)


PS: I'm not a Vert.x developer.
PS: Não sou desenvolvedor do projeto Vert.x.

(Sent in 2014-06-09)
(Enviada em 2014-06-09) 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Apresentação

Primeiro, eu acredito que blogs são o que existe de melhor na Internet, nada de Orkut, Facebook, Twitter etc., comunidades fechadas e amizade virtual, em sentido amplo, ou seja, amizade não verdadeira. Mas a internet é acima de tudo: divulgação de idéias e conhecimento, livre , aberta, crítica, ecumênica, pessoal. Por isso, blogs são o melhor.
E espero poder contribuir para a ‘blogsfera’. Me parece que seja como uma sedimentação de conhecimentos e experiências no mundo virtual. Quem sabe meus ‘posts’ possam imiscuir-se positivamente nessas camadas sedimentares, como grãozinhos de areia, trazendo alguma coisa útil para alguém. Esse é o sentido dos blogs, dividir conhecimento, mas também aprender.
Saudações.

Desabafo contra a copa e contra as manifestações

A COPA

Há mais de 30 anos que boicoto as copas. Desde a adolescência percebi que o futebol é o ópio do povo, assim não torço e acompanho futebol. Como se fala muito de futebol no Brasil e pessoas do meu convívio torcem para algum time, através delas sei o que está acontecendo. Mas nas conversas costumo dar minha receita futebolística para os torcedores: escolha um lado do campo e torça apenas para esse lado. Assim, você relativiza sua paixão...

São vários motivos que me levam a detestar o futebol:
- a paixão futebolística cega o discernimento político;
- desperdício individual de tempo;
- desperdício coletivo de dinheiro;
- corrupção no futebol: árbitros e justiça muitas vezes recebem propina;
- não utilização da tecnologia televisiva para resolver lances polêmicos (culpa da Fifa);
- salários milionários, desproporcionais em relação ao retorno social;
- violência no campo (excesso absurdo de faltas);
- simulação de faltas;
- violência fora do campo, entre torcidas;
etc.

Em conclusão, talvez poucas pessoas nesse país sejam tão contrárias à copa no Brasil quanto eu.


AS MANIFESTAÇÕES

E as manifestações, estou de acordo? Primeiramente, vou caracterizar as manifestações ocorridas no ano passado, na copa das confederações, como manifestações violentas e anárquicas. De qualquer forma,  quaisquer manifestações contrárias à realização da copa no Brasil, em 2013 e 2014, ocorreram e ocorrem no momento errado. Estão atrasadas. Deveriam ter sido feitas antes da escolha do Brasil para sediar a copa, em 2007.

Do ponto de vista financeiro nacional, as  manifestações que começam a apontar em 2014 são completamente ilógicas. Se se gastou 100 bilhões com estádios e infra-estrutura, não seria agora o momento de recuperar parte do capital investido. A riqueza gerada pelo turismo da copa compensaria parte do prejuízo. O dinheiro arrecadado poderia ser reinvestido em saúde, educação, segurança etc.

Mas os manifestantes não conseguem enxergar isso, por quê? Falta-lhes discernimento?

Antes de tentar responder, é necessário fazer uma pergunta crucial: quem ganha com as manifestações?

Quando se tem um homicídio, cujo autor não é conhecido, todos sabemos a forma mais simples de se achar o culpado. Quem será beneficiado? Naturalmente, existem múltiplas variáveis e conjunturas, mas descobrir a lógica por trás do crime normalmente traz a solução.

Assim, voltando à pergunta acima, quem ganha com as manifestações? Se a copa for um fiasco, se houver violência nas ruas, destruição do patrimônio público e privado, um caos for instaurado, quem será premiado? Vejam, existe toda uma gradação de consequências possíveis em relação às manifestações...

Tenho um hipótese para responder essa pergunta. Na minha singela opinião as manifestações são a conjunção nefasta de interesses político-partidários elitistas com leviandade coletiva.

De um lado temos a oposição: PSDB, em primeiríssimo lugar, seguido pelo PSB e partidos de direita. De outro lado, temos uma multidão anárquica de jovens despolitizados, revoltados, mas sem bandeiras. Ou poderia dizer com muitas bandeiras.

Em relação à oposição, me lembra a visão de um trotkista que conheci: quanto pior melhor, pois estaremos à beira da revolução. Infelizmente, a oposição elitista brasileira está longe da tomada do poder pela democracia. São representantes de uma minoria abastada, que não aceita governos para a maioria. Têm o controle da grande mídia e de parte da Justiça. Combatem políticas de distribuição de renda como bolsa família e médicos para todos, lutam com unhas e dentes pela manutenção e ampliação de privilégios, objetivando concentração de poder. São maquiavélicos...

Também suspeito que, através das redes sociais, indivíduos partidários da oposição fomentem as manifestações violentas. Como dito, nada melhor para a oposição que o caos.

Em relação à maioria dos manifestantes, me perdoem, acredito que estejam completamente desnorteados. Tornou-se "da onda" manifestar contra a copa. Sem medir as consequências... E acabam fazendo, em grande parte, o triste papel de meros instrumentos nas mãos de poderosos interesses político-partidários. Manifestações "apolíticas" , sem vinculação partidária aparente, não estão imunes ao comprometimento partidário. Quaisquer manifestações, notadamente aquelas violentas, produzem consequências políticas. Não tem como serem apolíticas.


SOLUÇÕES

Concordo inteiramente que o Brasil precise mudar (ou continuar mudando): mais saúde, educação, segurança, transporte descente etc. Mas a repetição de manifestações violentas, tipo adotado no ano passado, na copa das confederações, é a solução? Fechamento de ruas e desrespeito ao direito de ir e vir das pessoas, destruição de lojas, repartições públicas e marcos históricos trouxe qual resultado?

Qualquer manifestante que intencionalmente cause impedimento ao trânsito de veículos, desrespeita um direito fundamental das pessoas. Os mais prejudicados são os mais pobres, passageiros de ônibus e moradores da periferia. Com certeza, esse tipo de manifestação não ganha a simpatia dessas pessoas. Ademais, como mudar um país, desprezando a liberdade dos outros. Lembrem-se, o meio e o fim são um.

Em termos concretos, sugeriria primeiramente à Senhora Dilma que se comprometesse a fazer um plebiscito sobre a realização das Olimpíadas no Brasil, juntamente com as próximas eleições. Assim, deixaria a cargo do povo decidir. Caso o NÂO vencesse, evitar-se-ia mais desperdício de gastos.

Segundo, durante a realização da copa, existem formas mais avançadas de manifestar-se:
- tarja preta no braço contra os gastos com a copa;
- realização de encontros independentes, ao ar livre, para discutir os rumos do Brasil e propor soluções;
- montagem de tendas temáticas, por ONGs, próximo dos estádios;
- panfletagem (real e via internet);
- realização de manifestações pontuais pacíficas, organizadas por instituições e ONGs;
Etc.

Enfim, manifestações contra a realização da copa em 2014 são totalmente anacrônicas, Tenho certeza que formas pacíficas de manifestar, com foco nos problemas nacionais, organizadas por instituições e ONGs, surtiriam muito mais resultado, que manifestações anárquicas. Ademais, evitaria que as manifestações tomassem rumos violentos.

O Brasil será o foco do mundo. Manifestar-se pacificamente e com inteligência demonstraria o nosso potencial e o poder de nossa democracia.

Procura-se desenhista e compartilha-se um tesouro de humor




Um poço de charges, assim é minha mente, sempre com imagens de humor. Por isso, procuro desenhista para rabiscá-las. Exige-se apenas certa convergência de idéias. Acredito ser essencial compartilhar o ideal socialista democrático, o qual cultivo, graças a Deus. E não estou sendo irônico. Os ideais direcionam a crítica, assim trata-se de algo relevante.
A princípio abre-se mão das receitas advindas do trabalho, mas não da autoria, que se torna conjunta, quando alguém desenha a idéia de outro.
Há alguns meses, de fato nas eleições de 2010, procurei desenhista, pois tinha muitas idéias de charges. Enviei emails para vários, inclusive com idéias de charges, mas apenas um foi atencioso e me respondeu. Porém, ele não tinha disponibilidade de tempo.
Conjecturando sobre o desinteresse dos chargistas de desenhar charges alheias, cheguei à conclusão de que devem considerar isso ultrajante. Como se seu trabalho fosse rebaixado a mero executor, mão de obra braçal, de plano alheio.
Porém peço que reflitam. A divisão entre quem tem a idéia e quem desenha não é estranha à especialização dos conhecimentos moderna. Também desenhar eventualmente uma charge alheia, não impede que o desenhista tenha suas próprias idéias e as desenhe.
Por fim, talvez tenha procurado a categoria profissional errada. Talvez devesse procurar dentre os puramente desenhistas e não apenas entre chargistas.
Fica ai o convite, lançada página ao vento internético. E, talvez um desenhista procure no Google as palavras certas e encontre um tesouro.